quarta-feira, 9 de julho de 2014

O choro verde-amarelo que comoveu a Nação



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Somos conhecidos como o país do futebol desde que o mundo assistiu aos dribles endiabrados de Mané Garrincha, cujo nome hoje honra nossa Capital com um estádio, e pela genialidade do franzino garoto chamado Pelé e seus gols de placa nos campos da Suécia, em 1958.

O futebol tornou-se assim um elemento de construção da identidade desta Nação. Principalmente, a Seleção Brasileira. Assim como o Hino, a Bandeira, o futebol tornou-se um símbolo nacional. É em jogos da Copa do Mundo que o povo canta o “Ouviram do Ipiranga” com peito retumbante de orgulho e hasteia o Pavilhão Nacional com inigualável ardor pelas ruas. Por isso, uma derrota da Seleção Brasileira toca no coração do povo como a derrota da própria Nação. Provoca a enorme dor da criança chorando na arquibancada com o rostinho pintado de verde-amarelo. Cena que comoveu o mundo. As lágrimas que embaçavam as lentes grossas do pequenino representavam as lágrimas de milhões de torcedores.

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É possível fazer uma relação entre o humilhante placar de sete a um imposto pela Alemanha ontem, no Mineirão, e a situação política e socioeconômica do País. O Brasil dispõe de jogadores talentosos o suficiente para colocar em campo a mais competitiva seleção do mundo. Do mesmo modo, é detentor de um invejável patrimônio natural, possui um dos maiores PIB do Planeta, os impostos abarrotam os cofres da Receita Federal o bastante para garantir bem-estar social a toda população. Mas, assim como no futebol, o povo sofre penalizado pela falta de hospitais, ensino de qualidade, transportes públicos decentes, segurança e todos os demais requisitos de uma verdadeira cidadania. Por que? Use a cabeça e responda você mesmo.


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sábado, 14 de junho de 2014

Comunidade do Gama: gol de cidadania

Ao participar da audiência pública convocada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do DF, realizada na manhã deste sábado, 14, no Setor Oeste do Gama, percebi claramente um sentimento de abandono nas queixas dos moradores. “Queremos ser ouvidos, queremos que nossos pedidos sejam atendidos”, bradou Maria Estela Abadia de Sousa (foto), reproduzindo a queixa das centenas de participantes do evento.
     
O padre Alex Novais de Brito, da igreja Nossa Senhora da Aparecida, sensibilizado com a situação, articulou-se com os fiéis e fez levar as reivindicações da comunidade à secretária de Assuntos Estratégicos do DF, Joacinara Jansen.
A maior preocupação dos moradores é com a falta de segurança. Pelo fato de estar servindo de ponto de refúgio de usuários e traficantes de drogas, pedem que o terreno defronte à igreja seja regularizado para a realização das suas atividades tradicionais, como Festa Junina, comemoração do Dia das Mães, Dia dos Pais, festividades do período da Páscoa, Natal, entre outros eventos religiosos. O local também servirá de ponto de apoio para os paroquianos prosseguirem com as diversas atividades de cunho social que são empreendidas ao longo do ano.
Segundo relata a vizinhança,  a promiscuidade tomou conta de um lugar que, anos atrás, era o palco preferido para as brincadeiras da criançada. Muitas daquelas crianças são os pais que hoje pedem a recuperação do espaço para um uso familiar. A comunidade, pela sua mobilização, recorrendo aos meios legítimos de reivindicação, marcou um belo gol de cidadania.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Brasília precisa entrar nos trilhos...

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Embora chegue com atraso, pois os usuários sofrem os desconfortos do capenga sistema de transportes públicos desde a inauguração da capital, a entrega do Expresso DF Sul, trecho Santa Maria – Plano Plano pelo governador Agnelo Queiroz, e o anúncio da expansão da linha do metrô para a Asa Norte representam o início de uma mudança radical e muito benvinda na concepção do sistema, até há pouco tempo monopolizado por meia dúzia de empresários.
Logo que assumi a Secretaria de Assuntos Estratégico (Seae), criei o projeto Brasília + 50, para subsidiar o governo com propostas inovadoras e de longo prazo. Um dos objetivos era projetar a Brasília que queremos para nossos filhos e netos daqui a meio século. Pois, na vida de uma cidade, o calendário é outro. Cinquenta anos passam voando...
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Uma das prioridades elencadas pela Seae foi justamente o item mobilidade, sinônimo de civilidade, modernidade e um dos direitos básicos de cidadania. Quando inaugurada, Brasília foi considerada a cidade mais moderna do mundo. Infelizmente, os governantes que sucederam JK pararam no tempo e não acompanharam a evolução dos sistemas de transportes públicos praticados no restante do Planeta. Por vários motivos e interesses escusos, a população é que acabou pagando o pato. Brasília precisa se livrar da pecha de “cidade do automóvel”, onde o pedestre não tem vez, e entrar literalmente nos trilhos o quanto antes.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

É gooooool de Brasília!...

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Pelo título acima, você pode pensar que estou maluco por pelo menos dois motivos: 1º – quem vai disputar a Copa do Mundo é o Brasil, não Brasília; 2º - ninguém marcou gol algum até agora, porque a bola só começa a rolar amanhã, no Itaquerão. Mas, por mais esdrúxulo que pareça, insisto em gritar gol de Brasília. E vou explicar o porquê: A nossa capital é a cidade-sede mais procurada pelos turistas brasileiros que vão assistir aos jogos, com 17% da preferência, de acordo com pesquisa do Ministério do Esporte. A segunda colocada é São Paulo (14%) e a terceira, Belo Horizonte, com 13%.

Por vários aspectos, capital da República tem perfil para o turismo. O belo e infinito céu azul, cantado por amantes e poetas, o urbanismo inovador, a coleção de obras do genial Oscar Niemeyer expostas ao ar livre, a invejável área verde, entre outros atrativos, não podem ser vistos como mero elementos de contemplação. Precisam, sim, serem utilizados como vantagens competitivas para conquistar mercado, o que é corroborado pelos percentuais da pesquisa do governo federal.

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Assim como Campos do Jordão estabeleceu a estratégia de ser conhecida como a Suíça brasileira, para fazer do turismo sua principal atividade econômica, dentro do conceito da sustentabilidade, Brasília acerta ao tentar se firmar como capital de grandes eventos, como a Copa do Mundo da FIFA, a prova da Fórmula Indy ano que vem, o 20º Congresso Mundial de Tecnologia da Informação em 2016, que reunirá cerca de 15 mil visitantes, e a Universíade 2019, as chamadas olimpíadas universitárias.Ou seja, muitos outros gols estão a caminho, além daqueles que Neymar e companhia vão fazer no Mané Garrincha...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

A bola vai rolar, e o WhatsApp também

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Daqui a poucos dias a bola começa a rolar nas arenas da Copa do Mundo. A expectativa é que as manifestações populares, contrárias ao evento, tornem-se mais frequentes. Sócrates já dizia que o indivíduo que apenas habita uma cidade não é cidadão no sentido pleno. Para ele, cidadão é aquele que participa da vida cívica, atua, movimenta-se, influencia.
Portanto, manifestar-se contra ou a favor de alguma coisa constitui ato cidadão. Mas cabe aqui fazer uma importante ressalva: o sábio filósofo nunca ensinou que cidadania fosse sinônimo de pilhagens, depredações e até de assassinatos, como o do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade. Vandalismo depõe contra o propósito daqueles que apenas reivindicam seriedade na aplicação de recursos públicos num país carente de serviços de saúde, boa qualidade de ensino, transportes públicos e outros atendimentos.
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Na era do WhatsApp, o poder das redes sociais, que já era enorme, cresce ainda mais. Por isso mesmo, seu uso exige mais responsabilidade, para não se tornar uma arma nociva nas mãos de manipuladores, que podem transformar uma multidão pacífica numa turba inconsequente. Basta lembrarmos o recente e insano episódio ocorrido em Guarujá, São Paulo, que vitimou uma cidadã inocente, linchada por populares até a morte, conduzidos por uma mensagem de má fé postada numa página da internet.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Próxima parada, estação das “magrelas”

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Para o bem de todos e felicidade geral da mobilidade, Brasília oficializa a bicicleta como meio de transporte alternativo. A construção de centenas de quilômetros de ciclovias e, agora, a inauguração de dez estações das populares “magrelas” para serem usadas gratuitamente pelo público vai incentivar muita gente a trocar o automóvel ou os demorados ônibus pelas saudáveis pedaladas.
A expectativa é animadora, pois mesmo em países que dispõem de transportes modernos, entre eles, o metrô, e de outros serviços que garantem mobilidade segura e confortável à população, a bicicleta sobrevive. Mais do que isso, a presença da popular “magrela” cresce cada vez mais nas ruas, consolidando-se como meio de locomoção de baixíssimo custo, saudável e ambientalmente sustentável.

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O trânsito caótico das grandes cidades chinesas não destronou a bicicleta como o principal meio de transporte da população; a Holanda, país altamente desenvolvido, é conhecida como “o país das bicicletas”. Até nos Estados Unidos, “o país do automóvel”, as bicicletas, com ou sem ciclovias, dividem pacificamente o espaço com os automóveis nas ruas de Nova York. Tanto na “grande maçã”, Londres, Paris ou Amsterdã, já existe o serviço de estações de bicicletas para uso público. Agora, chegou à vez de Brasília entrar definitivamente nesse inteligente clube do pedal.

 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O gostoso “mexido” cultural de Brasília

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Você sabia que hoje, 21 de maio, é o Dia Mundial da Diversidade Cultural? Brasília, mais do que qualquer outra cidade brasileira, tem mil motivos para comemorar essa data. A explicação está em sua origem. Cada tijolo, cada balde de concreto, cada via rasgada no Cerrado tem a marca de uma região, pois o sonho de Juscelino Kubitschek foi edificado pelas mãos de trabalhadores de todas as regiões do país, do Oiapoque ao Chuí.
A convivência de diversas raças, hábitos, tradições e experiências nos canteiros de obra da capital produziu uma rica mistura, ou como diria o antropólogo francês Claude Lévis-Strauss, um “mexido” cultural dos mais variados temperos.
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Nas rodas de amigos, é possível saborear desde o pato no tucupi ao churrasco gaúcho. Isso na culinária. Nas artes em geral e em particular na música, a diversidade se manifesta com igual pluralidade.

Além da força do roque, a capital assumiu a posição de maior centro de chorinho do país, e plantou a semente do bumba-meu-boi pelas mãos saudosas do mestre Teodoro. E não para por aí, pois Ceilândia, movida pela população de origem nordestina, festeja o “Maior Forró do Centro-Oeste” e conta ainda com a Casa do Cantador, reduto do cordel. E temos ainda o carimbó, a folia de Reis, o frevo do Galinho de Brasília. E por aí vai. Como disse o sociólogo Gilberto Freyre, Brasília é mesmo um Brasil feito de vários brasis.
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